segunda-feira, 2 de junho de 2014

12ª Caminhada - Caminho do Itupava - 04/05/2014


          O Caminho do Itupava é uma trilha histórica aberta para ligar Curitiba a Morretes, no estado do Paraná, no Brasil, entre 1625 e 1654 por índios e mineradores e calçado com pedras por escravos. Durante mais de três séculos, os caminhos coloniais foram a única passagem da costa para o planalto, dando, posteriormente, origem às rodovias e ferrovia que possibilitaram o desenvolvimento do Estado do Paraná.

          Originário de antigas trilhas indígenas, o Caminho do Itupava foi uma das principais vias de comunicação entre o Primeiro Planalto paranaense e a Planície Litorânea desde o século XVII até a conclusão da Estrada da Graciosa, em 1873 e a efetivação da Estrada de Ferro, Curitiba - Paranaguá em 1885, quando foi abandonado. No entanto, propiciou a ocupação e colonização dos Campos de Curitiba onde, durante dois séculos, contribuiu para o desenvolvimento socioeconômico das regiões que interligava.

          Hoje, o Caminho do Itupava não tem mais função econômica, porém é um monumental sítio arqueológico que testemunha um precioso patrimônio cultural e natural, principalmente no trecho calçado, em plena Floresta Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) na Serra do Mar, trecho que está em relativo estado de conservação. O Itupava é um caminho de belezas naturais e históricas, cruzando rios, cercado de vales verdes e montanhas.

TRAJETO ATUAL:

          O Caminho do Itupava atualmente ainda existe entre o Distrito de Borda do Campo, no Município de Quatro Barras, próximo ao Morro do Anhangava, onde há uma portaria de acesso, numa altitude de 990 metros, até encontrar a Estrada da Graciosa (PR-410), no distrito de Porto de Cima, no município de Morretes, numa altitude de 30 metros, percorrendo aproximadamente 25 km que são facilmente transitáveis a pé.
       
          Há trechos em que o calçamento original ainda está bem preservado, principalmente na serra. No trajeto, o caminho cruza a ferrovia Curitiba-Paranaguá em dois trechos. O primeiro, ao lado das ruínas da Casa Ipiranga; e o segundo, no santuário de Nossa Senhora do Cadeado. No sopé da serra, encontra a estrada que liga Porto de Cima à estação ferroviária de Engenheiro Lange. Deste ponto até Porto de Cima, o caminho margeia o rio Nhundiaquara e onde ainda ocorrem pequenos trechos calçados. Entre o santuário e o sopé da serra localizava-se o ponto de cobrança de pedágio para o uso do caminho, na época colonial.